Odeio o uso do modo imperativo.
Se me dizem, cala-te!, eu canto.
Se me dizem esconde-te!, eu exponho-me.
Quando me ordenam que me vista, me
desnudo.
Se me mandam expor, vou pró meu canto.
Quando me querem falante, eu sou muda.
Se me fazem gritar, eu silencio.
Se me tentam excitar eu fico queda,
se me querem gelada, fico em cio.
Sou égua de raça pura e alma leda,
crinas ao vento e ventas de fome,
à espera de um jockey que me dome.
Quem julga que me domou, bem se engana.
Que eu só sonho... na minha própria cama.
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