Debruçado sobre teus olhos, ainda ofegante
de escalar alturas
e preso ainda aos teus cabelos para não cair,
eu me punha a falar como sonâmbulo
num deslumbramento de vertigem...

E então tu me apertavas contra o seio,
como se eu acabasse de ser salvo
em tua vida,
e me revelavas que aquelas palavras sem nexo
que eu, como um tonto, te repetia,
não eram palavras
era poesia...

 

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