Estou
parada olhando o tempo que passa
como
se ele passasse por mim
e
eu não mais quisesse por ele
passar...
Como
se a invisível concha que me
aconchega
fosse
o único lugar do mundo
em
que eu quisesse estar...
Como
se as vozes que borbulham lá
fora
tomassem
um tão feio feitio de alegria
que
eu não quisesse hoje
escutar....
Como
se morrer fosse o morno remédio
que
curasse todas as dores
e
trouxesse de volta a
calma e o bem-estar...
Como
se essa espera que me desespera
me
mantivesse estática e inútil
pregada
qual viga num mesmo lugar...
Absolutamente
sem finalidade...
Maria Tereza
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