Ela veio bater à minha porta
e falou-me a sorrir, subindo a escada:
“ - Bom dia, árvore velha e desfolhada”
e eu respondi: “ -Bom dia, folha morta!”
Entrou: e nunca mais me disse nada...
Até que um dia (quando, pouco importa!)
houve canções na ramaria torta
e houve bandos de noivos pela estrada...
Então chamou-me e disse:“Vou-me embora!
Sou a felicidade! Vive agora
da lembrança do muito que te fiz”
E
foi assim que em plena primavera,
só quando ela partiu contou quem era...
E nunca mais eu me senti feliz! |