Primeiro
ato
Contraceno
com
a
outra
de
mim...
figuras
que
se misturam
ou
se controvertem?
Se entendem
ou
se agridem?
Opostas
ou
paralelas?
São
muito
diferentes
as
mulheres
da
minha
vida...
gato
e
leão
pedra
e
água
razão
e
emoção
não
sei
precisar
a
que
prefiro:
a
que
prima
pela
razão
ou
a
que
se desdobra
em
emoção...
Segundo
ato
A
razão
se desfez
como
areia
na
praia...
A
mórbida
emoção
do
adeus
raia
em
meus
momentos
infrutíferos,
inseguros,
mal-queridos,
maçantes.
Não
há
lugar
neste
contexto
estéril
-
sem
rumo,
sem
vida,
sem
sorte.
Não
é
heresia
de
um
coração
partido
desistir
da
vida
e
desejar
a
morte.
|
Terceiro
ato
A
vida
matreira
vive de
brincadeira
mantendo o
sopro
que
se
quer
apagar.
Qual
vela
de
luz
bruxuleante
que
pode apagar-se a
qualquer
instante
mas
se mantém
luzidia
por
um
jogo
de
azar.
Um
vento
que
bata,
uma
brisa
apenas,
é
capaz
de
apagar
a
ínfima
luz
amena
e
jogar
ao
tempo
a
essência
expirada
tão
somente
mantida
acesa
pela
incoerência
de
um
destino
fugaz
sem
racionalidade
para
escolher
entre
quem
e
quem
deve
levar.
Quarto
ato
Quisera depor-me da
pesada
roupagem
que
envolve a
minha
essência...
criar
asas
e
voar,
criar
liberdade
poder
deixar
o
peso
do
caminhar...
Criar
asas
e
voar,
rumo
ao
nada
Ou
ao
tudo,
nem
sei
bem
o
que
há
Ser
feliz
sem
dissimular
a
máscara,
Encontrar
no
éter
quem
mais
amar.
|