É um pensamento que irrompe, em dado instante
numa hora incerta,
como uma borboleta negra, esvoaçante
por uma janela aberta.

Uma tristeza cinzenta
se apodera do coração
e o encobre como uma nuvem ameaçadora
de tormenta
num céu de verão.

E por instantes (que parecem sem fim)
o dia vira noite para mim...

É quando penso que há de chegar esse dia,
- e ele inevitavelmente chegará, -
em que teremos que nos despedir
(Meu Deus, quando? Quando?)
- em que um de nós terá de partir,
e o outro ficará, mas ficará sabendo que não adianta
ficar esperando...

Pergunto então, sem compreender: que será
da minha vida ao te perder de vista
sabendo que para nunca mais?
Se tiver que seguir depois sozinho
sem mais dias e noites, adiante, pelo caminho,
e sem coragem de olhar pra trás?

E que será da tua vida (é o que às vezes me digo)
Se fores tu a ficar,
ao te deixar sem mim, e até sem ti,
pois quanto de ti comigo
hei de levar?

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