Que intensa magia é essa que me enfeitiça?
Que poder têm as tuas palavras que me escravizo
a um desejo incontido de te buscar e descobrir
a força que emana de ti e me usurpa o juízo?!

Por que meus olhos procuram dos teus a transparência
e o meu pensamento viaja, rumo à tua essência
escorregadia - que desperta, conquista e se desvia,
num ir-e-vir que me deixa aflita e sem coerência?

Quisera conhecer os teus herméticos segredos!....
Quisera entregar-me à tarefa de te desnudar!...
Quisera, antes que tudo, conhecer-te, ao menos,
para explicar esta vontade incontrolável de te amar...

Mas tu me tentas... com tuas palavras, teus versos,
como se quisesses ser único no meu universo.
Como se foras um duende travesso e egoísta
que transitasse à revelia e me fugisse à vista.

Como se brincasses com as horas e a emoção:
ora sinalizando o tempo, a me lembrar que existes...
ora escorregando os minutos sem que eu perceba
que muito tempo se passou, desde que fugiste.

Sussurras poemas de amor aos meus ouvidos
enredando-me numa espera tão inútil e vazia,
p'ra que a minha vida pareça não ter outro sentido
que não as palavras que dizes em tua cantoria...

Porque tu falas tão sem endereço, sem qualquer apreço,
que as entendo dirigidas a mim, pobre mortal...
e o meu coração, feliz e desavisado se encanta
na pretensão de ser a mulher que em versos cantas..

Não quero que partas, não ainda, da minha vida,
nem quero ver perder-se esta doce ilusão.
Só quero que digas - ao menos, que me digas,
se sou eu a mulher que enternece o teu coração.
 

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Página produzida para o Tempo de Poesia em março/2014.
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