Firme, sólida e bem assentada,
tal como um tronco de boa cepa,
podem me dobrar os vendavais.
Quebrar-me, jamais...

Se a tempestade é forte e assustadora,
de forma a deixar-me apática e inerte,
meu sol é pleno de luz e calor.
E me aquece.

Não posso ficar estática olhando o mundo que gira
enquanto minha alma inquieta quer voar.
Seria perder o trem da vida.
Prefiro caminhar.

Não choro mais que o necessário pelas minhas dores
para não correr o risco de vê-las doerem mais.
Retomo rápido as rédeas do meu destino.
Em paz.

Não crio túmulos de pessoas vivas
para sobre eles lamentar as perdas.
Se o sonho foi grande e não realizado,
que pena!
A pessoa era pequena.

Não quero perpetuar saudades inúteis
porque seria estagnar-me em um momento.
Sou suficientemente destemida
para soprar tudo.
No vento.

 

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Página produzida para o Tempo de Poesia em maio/2017
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