Engano o meu coração com os teus versos.
Finjo que eles são meus, porque assim os sinto...
Faço de conta que sou a mulher que amas,
na esperança de fazer verdade o que pressinto.

Aceito os teus carinhos com prazer imenso,
viajo em tuas rimas, com a alma em festa...
Me visto da imagem que forjas da amada
e me entrego acariciada à pena que a modela.

Desejo ser o modelo vivo p’ra tua musa
e me pintar das tuas cores. Ah!, quem me dera
viver posando de amor p’ra tua tela...

e na tua batuta, a nota que compõe a música -
sacra e profana, lírica e sensual - doce cantata
que te ame e te acorde à noite em serenata...
 

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