Uma
linda toada cantada triste por um seresteiro na janela da
amada... As cordas plangentes da velha
viola choram cantando uma doce
serenata.
Da
janela nenhuma luz se acende e o cantador insiste no seu
canto. (Será que a malvada não ouve o
pranto derramado em notas de lamento?)
O
frio chega, endurece os dedos e a viola não pára, apenas
animada do desejo do pobre
seresteiro de vislumbrar, ainda, a figura
amada.
A
lua clara que no céu cintila ilumina a viola, a janela e o
nada... nem uma rosa, um sinal, um
aceno... nem esperança de conquistar a
amada.
Derrama,
então, uma lágrima doída o seresteiro, perdido no seu
amor... Volta as costas... suspira...
desiste da vida. ...E sai cantando serestando a
dor.
Maria
Tereza Direitos autorais reservados
Poesia
premiada no Concurso Von Breysky,
promovido pelo site da Magriça
- 2002 |