Vestiu-se
com
a
sua
roupa
mais
bonita,
completou
o
conjunto
com
os
brincos
e
um
colarzinho
de
corais
(tão
lindo
e
colorido
quanto
o
seu
coração),
penteou
o
cabelo
com
esmero
e
gosto,
e
saiu...
A
imagem
que
refletia
era
tão
interessante,
que
mais
parecia
ter
voltado
ao
tempo
de
criança,
com
aqueles
vestidos
rodados,
sapatos
brancos
e
meias
três
quartos,
um
laço
de
fita
enfeitando
o
cabelo
e
o
desejo
de
que
todos
olhassem
como
estava
bonita...
Era
um
misto
de
criança
e
mulher...
Se
existia
de
dentro
para
fora
uma
alegria
infantil,
a
ponto
de
se
sentir
graciosa
como
uma
menina
no
dia
do
aniversário,
de
fora
para
dentro
era
uma
versão
mulher
-
em
todos
os
sentidos
que
a
palavra
puder
expressar:
mulher-anjo,
mulher-menina,
mulher-sensual,
mulher-amada,
mulher-feliz...
Vestiu-se
para
ele,
e
teve
a
nítida
sensação
de
que
ele
podia
vê-la...
vestiu-se
com
o
amor
dele
e,
isso,
ele
percebe...
vestiu-se
dele,
e
é
por
isso
que
essa
alegria
menina
a
faz
ficar
encantadoramente
feliz...
inexplicavelmente
feliz...
visceralmente
feliz...
Ainda
agora,
sem
pensar
em
descanso
ou
comodismo,
continua
vestida
com
a
sua
roupa
mais
bonita,
sem
mexer
a
cabeça
-
para
não
desmanchar
o
cabelo,
sem
se
encostar
-
para
não
amarrotar
a
roupa,
como
se
estivesse
esperando
a
campainha
da
porta
tocar
para
receber
o
seu
primeiro
namorado.
Maria
Tereza
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26/7/02
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