Quando dói o
coração, todo o corpo dói.
Por que
permitimos que as pessoas entrem assim tão dentro da gente a
ponto de saírem carregando um pedaço de nós quando partem?
Por que nos damos tanto, nos entregamos tanto, nos deixamos
tanto em mãos não tão cuidadosas dos nossos sentimentos?
Deveríamos
aprender a ficar na margem, olhando de longe a paisagem
calma e nos satisfazer dessa visão, como quem se fascina com
uma miragem. Mas não nos satisfaz olhar. Humanos que somos,
precisamos absolutamente sentir, ao risco de nos afogar... E
mergulhamos inteiramente.
E, vida afora,
vamos mergulhando em promessas de amor eterno, felicidade
infinita e mar de rosas. Não nos questionamos sobre
probabilidades de perdas e decepções, pois só de pensar já é
doloroso.
Dói... dói...
dói e dói!... Mas isso não vai nos impedir de continuar, não
vai nos impedir de viver. Pedaços de nós são ainda partes de
nós e ninguém disse que precisamos chegar à velhice inteiros
e sem marcas.
Isso é vida!!!
Não desistir, manter-se de pé, doendo, mas de pé, cabeça
erguida na direção do desconhecido e peito cheio de
esperança que a próxima vez será diferente.
Grandes
artistas obtiveram o melhor das suas obras nos grandes
momentos de aflição e dor. Faça o mesmo: Mostre o que de
grande há em você tirando partido das suas decepções!
Construa-se!!!
Tenha em mente
que não é você que não foi digno daquele amor, mas aquele
amor que não foi digno de você. E se faz parte da vida
caminhar entre flores e espinhos, não se esquive do caminho.
Caminhe!!!
Amanhã talvez
seja diferente. E talvez não. Mas entre as subidas e
descidas, você vai ter sobrevivido. E vai ter, sobretudo,
vivido. |