Há uma estranha ternura, há uma estranha meiguice
na expressão de teu rosto e em teu modo de ser.
Criança e mulher... talvez, ainda ninguém te disse
o que, com o meu olhar, confessei, sem querer...

Teu olhar... esse teu olhar adolescente
onde há um misto de sonho e indeciso desejo,
me perturba e emociona inesperadamente
sempre que em meu caminho, eu te encontre, eu te vejo...

Quando vens para mim, e te sinto ao meu lado
a olhar-me nos olhos, terna, fundamente,
teu coração, - bem vejo, - é um pássaro agitado,
a bater em teu peito, as asas, febrilmente.

Que fazer? E essa dúvida atroz me alucina.
Em teus olhos inquietos, há um clarão qualquer.
Devo deixar passar a criança, a menina,
ou devo transformar a menina em mulher?

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Página produzida para o Tempo de Poesia em outubro/2019
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