De países frios,
de países quentes,
descendo e subindo rios
ou sobre o dorso do mar,
chegam e partem navios,
navios livres, contentes,
que vêm, - vão, sem parar...
Que vontade de vir com os navios que chegam
de países frios, de países quentes,
de portos que talvez eu não verei jamais...
- para que alguém me esperasse com dois olhos felizes
e um lenço branco esvoaçante, como uma ave presa
batendo asas no cais...
Será mesmo, que haveria um lenço a acenar assim
de longe, para mim,
em desvario?
Ou meu olhar, - com uma grande e dolorosa surpresa, -
se encheria de infinita tristeza
ao ver o cais vazio?
... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Há dias assim... em que desejaria
voltar, não sei de onde,
vir lá da curva do céu, lá de onde o sol se esconde
sobre o mar...
Voltar... por essa estranha e esquisita alegria
de voltar...
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