A dor que abate, e punge, e nos tortura,
que julgamos às vezes não ter cura
e o destino nos deu e nos impôs,
é pequenina, é bem menor, e até
já não é dor talvez, dor já não é
dividida por dois.
A alegria que às vezes num segundo
nos dá desejos de abraçar o mundo,
e nos põe tristes, sem querer, depois,
aumenta, cresce, e bem maior se faz,
já não é alegria, é muito
mais
dividida por dois.
Estranha essa aritmética da vida,
nem parece ciência, parece arte;
compreendo a dor menor, se dividida,
não entendo é aumentar nossa alegria
se essa mesma alegria
se reparte.
Página
produzida para o Tempo de Poesia em janeiro/2012
Proibida sua reprodução, no todo ou em parte.
Copyright 2012 © Maria Tereza Armonia
O conteúdo deste site é protegido pela Lei de Direitos
Autorais de nº 9.610,
de 19 de fevereiro de 1998, e pelos tratados e
convenções internacionais.
Melhor
visualização 1024X768, em Internet Explorer |