Importa...

Para que tentarmos qualquer explicação?
Sei que te tomarei nos braços como uma criança e atenderei à súplica de teus olhos...
Sei que já agora, depois que chegaste ao coração, seria impossível voltar...

E para que voltar? Que importa se viemos de longe e se deixamos tanta coisa para trás?
Importa é que posso levar-te em meus braços, dobrar a curva adiante, escalar a montanha,
para encontrarmos a paisagem nova que será outro mundo...

Importa é que nos sentimos como se tudo começasse agora, depois que és minha e eu sou teu,
e como se nada tivesse existido antes, nada...
nem tu... nem eu...

J. G. de Araújo Jorge

Página produzida para o Tempo de Poesia em janeiro/2012.
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