Tomarei tua cabeça entre as mãos como uma taça,
e transbordará o louro “champagne” dos teus cabelos
sobre meus dedos...
Me olharei no cristal dos teus olhos
e verei minha imagem refletida no desejo
que efervesce,
e beberei em teus lábios entreabertos a tua vida
até que os teus olhos fiquem vazios e ausentes...
Até que te sintas leve e gloriosa como uma taça de cristal
traspassada de luz
num brinde a esse segundo de êxtase imortal...
Uma taça que, por esse segundo morreria afinal
espatifada,
num grito de prazer esplêndido e triunfal!
... ... ... ... ... ... ...
Tua cabeça entre as minhas mãos
será a taça com que brindarei
nesse segundo,
o destino do amor
no destino do mundo!
Sejam as palavras a forma da minha dor
ou da minha alegria.
Que este é o destino real dos que trouxeram
a poesia,
existirem apenas no canto,
como a chama no fogo,
como a forma na flor!
Canto e elegia...
aonde eu for.
Página produzida para o Tempo de Poesia em agosto/2011.
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