VESTIDA DE ADEUS

Elane Tomich


Assim vestida de adeus
enfrento esta correnteza
que não se enquadra entre os tantos
preferidos gestos meus.
Eu, que de adeus adoeço
misturo todos acenos
em até breves amenos.

De ser avessa às certezas
misturo fim e começo
faço o passado ausente
e me tranco a sete chaves
em reuniões e conclaves
com que moldo o futuro
como se fosse presente.
Assim vestida de adeus
perco-me em iguais defesas
tantas de toda gente
e quando alguém se vai
eu sinto, uma vez mais,
que sou eu a grande ausente.

Página produzida para o Tempo de Poesia em junho/2011.
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