Amamos
sempre o
que
não temos O
que
não temos
quando amamos. O
barco pára,
largo os
remos E,
um a
outro, as
mãos
nos damos. A
quem dou as
mãos? À
outra.
Teus
beijos
são de
mel de
boca,
São os
que
sempre pensei
dar, E
agora a
minha
boca
toca A
boca
que
eu sonhei
beijar. De
quem é a
boca? Da
outra. Os
remos
já caíram na
água, O
barco faz o
que a
água
quer.
Meus
braços vingam
minha
mágoa No
abraço
que
enfim podemos
ter.
Quem
abraço? A
Outra.
Bem sei, és
bela, és
quem desejei... ...Não
deixa a
vida
que
eu deseje
Mais
que o
que pode
ser
teu
beijo E
poder
ser
eu
que
te beije.
Beijo, e a
quem
penso? Na
Outra... Ah,
por
ora,
idos
remos e
rumo, Dá-me as
mãos, a
boca, o
teu
ser. Façamos desta
hora
um
resumo Do
que
não podemos
ter. Nesta
hora, a
única. Sê a
Outra.
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