Quando tu passas, sob o teu vestido
na ousadia das formas
adivinha-se
- o desejo incontido,
- essa vontade,
da carne que se sente prisioneira
e que arrogantemente se rebela
em ânsias de liberdade....

Adivinha-se o desejo
da carne que não tarda a ser mulher...
- da semente que quer romper o chão...
- da flor que abre a corola ao sol
a espera
do louro pólen da fecundação!...


J. G . de Araújo Jorge  - Coletânea -
"Poemas do Amor Ardente"
1ª ed.1961

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