(O
estranho casulo que me envolve
e me mantém resguardada,
quer hoje se quebrar)...
... ... ... ... ... ...
Mas a larva não quer ser
borboleta.
Paradoxalmente, ganhar o mundo
significa ousar...
experimentar...
estar suscetível ao entorno do
casulo...
ao lá fora... às
intempéries...
Por que quebrar o manto que
protege
sem saber o que irá encontrar?
Por que romper com o doce
envolvimento
sem conhecer o ambiente a
conquistar?
Por que se expor a ares
desconhecidos
se o aconchego aqui dentro é
salutar?
O risco de ter asas e voar
compensa o risco de tentar?...
A metamorfose do feio ao belo
compensa o risco de se entregar?
A conquista da liberdade
compensa o risco de ousar?
... ... ... ... ... ... ...
(A borboleta, embora já tenha
asas,
está morrendo de medo de
voar)...
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Maria
Tereza
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