Tu nunca bates no meu pensamento 
à hora de entrar.
Chegas de repente, invades tudo,
 e é impossível te expulsar
porque então sou eu que te procuro.

 Não escolhes momento.

 É na hora séria ou na hora triste,
na hora romântica, ou na hora de tédio
por mais que me encontres fechado em mim mesmo
entras pelo pensamento, - clara fresta, vulnerável
às lembranças do teu desejo.

 E quando chegas assim,
 estremeço até regiões ignoradas
me levanto e saio, sonâmbulo
a te buscar, a caminhar a esmo...

 Chegas - como uma crise a um asmático,
 - e então preciso de ti
como preciso de ar,
e tenho a impressão de que se não te alcanço,
se não te encontro,
vou morrer, miserável,
 como um transeunte nas ruas,
antes que o socorro chegue para salvá-lo...
alcançar-te é um suplício...

Teu amor para mim - é humilhante a confissão -
depois
que consegues atingir meu pensamento
tua posse é uma obsessão,
não é amor, é vício...

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