Luna
Fernandes*
Se
há tanta paz no
azul que o céu
abriga,
E há tanto azul que
tanto bem nos faz,
Se há tanto azul e
há tanto céu, me
diga
Por que é que o
homem não encontra
a paz?
Se
há tanta paz no
verde-mar da onda
Que faz-se verde e
em branco se desfaz,
Se há tanta onda
pelo mar, responda:
Por que é que o
homem não encontra
a paz?
Se
há tanta paz no
olor das multicores
Flores: orquídeas,
rosas, manacás...
Se há tanta paz em
cada flor e há
tantas flores
Por que é que o
homem não encontra
a paz?
Se
há tanta paz nos
cânticos suaves
Que entoam na
alvorada os sabiás,
Se há paz num canto
de ave e há tantas
aves,
Por que é que o
homem não encontra
a paz?
Se
há tanta paz na
brisa que desliza
Sobre as folhagens,
tímida e fugaz;
Se há tanta paz na
brisa e há tanta
brisa,
Por que é que o
homem não encontra
a paz?
Se
há tanta paz nas
expressões tão
mansas
Que ao vir ao mundo
uma criança traz,
E cada dia existem
mais crianças,
Por que é que o
homem não encontra
a paz?
Se
há tanta paz nos
corações com fé
Que atrai o bem e
afasta as coisas
más,
Então oremos
juntos, todos de
pé,
Para que o homem
encontre um dia a
paz!
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