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Encontrar-te
eu, já humano demais,
órfão de qualquer sonho,
tu, ainda pura e feliz
sem veres o perigo
a que te expões, a que
te exponho...
Encontrar-te
e de repente compreender
que devo continuar como
se na realidade
nada tivesse havido,
e tu deves seguir, - que
importa se ao meu lado?
considerando-me um
desconhecido...
Que pena vermos
frustrado assim,
irremediavelmente,
um grande amor,
sem podermos levar dessa
emoção proibida
qualquer cousa vivida
mesmo um pouco de dor!
in: Os mais belos poemas
de amor - vol. 2
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