Acabo de deliberar
e já ditei a ordem ao meu coração:
deste momento em diante, ele fica
terminantemente proibido de amar.
Chega de ilusões, dores,
saudades do que não foi vivido,
lembranças que não existiram,
enganos e desastrosos amores.
Não quero mais esperas,
cansei-me de sonhar...
Concluo, tardiamente,
que o sonho há uma eternidade
acalentado
nunca chegará...

Assim, é melhor que eu me desfaça
das esperanças, das chamas
que teimaram em permanecer acesas
sem no entanto me iluminar...
Criarei outra máscara, sobreposta
a tantas outras, que insisto em usar.
Frias, marmóreas, racionais...
Inexpugnáveis máscaras criadas
ao longo do tempo,
em nome do meu sossego...

Melhor esquecer o que ainda sobrava
de sentimento e aconchego.
Não mais ternuras, não mais candura,
nem odes nem liras de amor...
apenas elegias de uma vivência vazia
que chegou ao mundo sem nada
e da mesma forma está voltando pra casa...

Maria Tereza
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